Devia ter ...

Devia ter...
Amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

EITA, TERRA DE NINGUÉM

Por: Gustavo Atallah Haun /g_a_haun@hotmail.com





"É politicamente incorreto falar a verdade na frente dos passivos e alienados brasileirinhos, colonizados, baixa auto-estima"

Não sei o porquê da polêmica em torno do astro brega musculoso Silvester Stallone quando ele se referiu ao Brasil como país do tudo pode, do tudo permitido, quando do lançamento da sua grande “obra” artística Os Mercenários (2010), filmado boa parte – violenta – por aqui.


Qual a mentira em suas palavras? Ah tá, é politicamente inadequado falar a verdade assim na cara dos bananas, tadinhos… É politicamente incorreto falar a verdade na frente dos passivos e alienados brasileirinhos, colonizados, baixa auto-estima, de um paisinho sem lei…

Hum, vejamos algumas reflexões a respeito do assunto. O truculento aloprado disse que não havia sido censurado em nenhum momento com as cenas de violência no Bra”Z”il, que poderia explodir até bomba atômica por aqui, que não dava em nada e que ainda levaria um macaquinho de brinde. Ótimo. Alguém aí discorda?

Fere o orgulho do brasileiro? Fere. Fere a auto-estima do cidadão que nasceu, cresceu, trabalhou e que vai morrer nessas bandas? Fere. Mas fazer o quê? Rebelar-se vai afugentar os turistas… Contestar vai dar em merda, ninguém vai ver com bons olhos a América do Sul… Revolucionar está fora de qualquer questão, perderemos divisas, clientes, importação, especulação!

O melhor é abaixar a cabeça e aceitar torpezas do tipo, ou piores, como a do “belo” filme Turistas (2006), que mostra o Brasil como o país do turismo sexual e do seqüestro. Ou quando o retardado americano Morgan Freeman peidou e pisou na nossa bandeira nacional, esculhambando a pátria na nossa cara de otários!

A verdade é uma só: por muitos séculos o samba do crioulo doido foi o motivo de exportação, mulatas seminuas e requebros uterinos para o mundo ver, vitrine escancarada para os países consumidores. A seriedade, como disse De Gaulle, não faz parte da nossa alma. Então, aqui é a fronteira dos Macunaímas, neanderthais sem nenhum caráter!

O excremento mundial para em apenas dois lugares: no Brasil e na China. Aliás, sempre parou. Vide os contêineres britânicos entupidos de lixo ou, quem sabe?, façamos uma pergunta aos executivos estrangeiros, à gringalhada, que vêm para o nordeste. O que eles procuram? O que eles querem por cá? Somente foda, boa e barata. Gostosa e quase de graça com as nossas adolescentes loiras, morenas e negras, famélicas, desalojadas de quaisquer perspectivas de um futuro mais digno nesta republiqueta.

E tudo isso por qual motivo mesmo? Por falta de coragem e vergonha na cara! O Brasil sabe o caminho certo a seguir. Por que não segue? Porque é mais fácil corromper e ser corrompido, é mais fácil deixar como está, é mais adequado o antiético e mais governável! Mexer no balaio de gato da educação? Melhorar a segurança nacional? Fornecer atendimento médico de qualidade ao povo? Isso são utopias nórdicas, longe do nosso contexto socioeconômico!

Deixemos o Ministério da Cultura como apenas uma instância burocrática estatal, com uma das menores verbas do orçamento, para não criar problemas de maior soma. Povo culto é povo questionador, deixa isso quieto… É melhor para nós, é melhor para o capital, é melhor para a trepada made in Bra”Z”il

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